A escola busca basear sua proposta pedagógica em diferentes metodologias, por acreditar que em todas há ensinamentos que se agregam a prática.
O sócio-interacionismo, fundamentado em registros da concepção da criança, é uma das que adotamos. Essa proposta foi idealizada pelo pedagogo Loris Malaguzzi e implantada nas escolas de Educação Infantil de Reggio Emilia, na Itália, logo o término da Segunda Guerra, e tinha a intenção de mostrar a abordagem pedagógica voltada para a criança como protagonista na construção do seu conhecimento. Desta maneira, o foco está em cada criança, não isoladamente, mas em conjunto com outras crianças, com a família, com os professores e com o ambiente da escola, da comunidade e da sociedade como um todo.
Segundo tal teoria, a criança-sujeito se constitui na e pela interação com outras crianças, com os adultos, com o meio físico, social e ideológico. Na interação com o meio físico são importantes as brincadeiras, principalmente as tradicionais, que integram o folclore. A cultura infantil é constituída de elementos quase exclusivos das crianças, caracterizados por sua natureza lúdica, embora grande parte deles provenha da cultura dos adultos.
A escola é vista como espaço de vida, que acredita no potencial das crianças e tem delas uma imagem positiva. Acreditamos que cada um de nós tem o direito de ser protagonista, de ter papel ativo na aprendizagem, na relação com os outros; esse é o motor da educação.
O respeito à capacidade das crianças é a tradução da nossa prática e se mostra em todos os sentidos – pelo que elas se interessam, pelo que elas podem fazer, pela forma como aprendem, pela maneira de interagirem, pelas suas dificuldades, pelo que são e pelo que sentem.
Por tudo isso, o que se propõe em sala é fruto dessas concepções. Também por isso, é preciso disponibilizar materiais convidativos para as crianças usarem como ferramentas para pensar, criar e debater.